Migrantes da etnia Warao acompanhados pela Sedih serão integrados ao Programa Locação Social em Fortaleza 

27 de março de 2024 - 16:22 # # #

Texto: Gabriela Vieira

Os Warao são a segunda etnia mais numerosa da Venezuela e se originam do Delta do Rio Orinoco. Em busca de melhores condições de vida, grupos de Warao têm migrado para o Brasil e, muitas vezes, seguem em movimentos de migração interna no país. Atualmente, 11 famílias residem no centro de Fortaleza, resultando em um grupo de 35 pessoas acompanhadas pelo Programa Estadual de Atenção ao Migrante, Refugiado e Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas da Secretaria dos Direitos Humanos (Sedih).

Na última sexta-feira (22), esse grupo foi cadastrado para integrar o Programa Locação Social da Secretaria do Desenvolvimento Habitacional de Fortaleza (Habitafor). Por meio dele, cada pessoa cadastrada receberá mensalmente R$420 para contribuir com os custos de moradia na capital, com duração de dois anos e possibilidade de extensão. Uma das famílias já está em processo de renovação.

As articulações feitas pela Sedih, em colaboração com instituições como o Serviço Pastoral dos Migrantes (SPM), o Centro de Defesa dos Direitos Humanos da Arquidiocese de Fortaleza (CDPDH), e o Programa de Extensão Universitária Vidas Cruzadas da Universidade Estadual do Ceará (UECE), visam proporcionar condições de vida adequadas a esses migrantes.

Por meio da atuação da Secretaria, os indígenas são cadastrados no Cadastro Único (CadÚnico) e em programas como o Bolsa Família e o Ceará sem Fome. Acompanhados pelo Programa Estadual de Atenção ao Migrante, Refugiado e Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas desde a chegada do primeiro grupo ao Ceará, os migrantes da etnia Warao têm registro documental constantemente atualizado. A depender da necessidade de cada indivíduo, é articulada a criação de registro civil de nascimento, CPF, Carteira de Trabalho e, em parceria com a Polícia Federal no Ceará, a solicitação de refúgio e autorização de residência.

“Essa ação é fruto de políticas exitosas, realizadas pela Secretaria dos Direitos Humanos com parceiros de outras instituições públicas. Com esse passo buscamos a garantia de moradia digna e segura para cada família”, pontua Jamina Teles, supervisora do Programa Estadual de Atenção ao Migrante, Refugiado e Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas.