Mulher indígena é eleita presidente do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos (CEDDH)
6 de novembro de 2024 - 14:09 #ceddh #colegiado #eleição
Texto e fotos: Beatriz Belchior e Gabriela Vieira
A presidência do colegiado é representada pela sociedade civil e a vice-presidência pelo governo no biênio 2024-2026
Na última terça-feira (5), os membros do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos (CEDDH) definiram em votação a nova presidência do colegiado. Ormezita Barbosa, indígena da etnia Tremembé, foi eleita presidente do CEDDH, representando a sociedade civil no biênio 2024-2026. Durante a gestão, o poder público será representado pela Secretaria dos Direitos Humanos do Ceará (Sedih), com o vice-presidente eleito Josivaldo Delfino.
Atuando no Ceará desde 1997, o Conselho, atualmente vinculado à Sedih, é composto por representantes do poder público e da sociedade civil. O colegiado fiscaliza, monitora, propõe e avalia políticas de defesa e promoção dos Direitos Humanos no Estado.
A votação aconteceu no auditório da Sedih, realizada pelos conselheiros recém-empossados. A nova presidente do colegiado é integrante do Conselho Pastoral dos Pescadores e atua há mais de 20 anos com comunidades tradicionais pesqueiras do estado. No colegiado, Ormezita representa o Movimento de Defesa do Direito à Terra e à Moradia Adequada.
A presidente eleita destacou o monitoramento da execução do Plano Estadual dos Direitos Humanos como uma missão da atuação do CEDDH. “O Plano nos ajuda a pensar estrategicamente quais são os grandes temas que teremos que enfrentar. Eu acredito também que o Conselho vai contribuir muito no acompanhamento das inúmeras violações dos direitos humanos que vêm acontecendo. Isso fortalece não apenas as organizações da sociedade civil, mas também o poder público. Temos um governo que está muito envolvido e dedicado a superar esses dilemas que a gente enfrenta na sociedade”, pontuou Ormezita.
A importância do Plano também foi destacada por Josivaldo Delfino, que celebra o desafio de colaborar com o colegiado. “Somos a primeira secretaria com um tema específico de direitos humanos, em um momento histórico que a gente tem aí o Plano Estadual de Direitos Humanos para implementar e monitorar. Então a gente vem cheio de alegria e de esperança de colaborar com a história da defesa dos direitos humanos no Estado do Ceará”, afirmou.