Sedih promove formação voltada ao atendimento de mulheres com deficiência em situações de violência

28 de março de 2025 - 13:06 # # # #

Texto e fotos: Beatriz Belchior

Visando fortalecer a prática de políticas públicas transversais, a Secretaria dos Direitos Humanos do Ceará (Sedih) promoveu uma formação sobre a importância da acessibilidade e do acolhimento humanizado para mulheres com deficiência que buscam atendimento em delegacias especializadas. A iniciativa foi realizada nesta sexta-feira (28), em alusão ao mês da mulher.

O público, composto por representantes de instituições de segurança pública, participou da palestra “Mulheres com deficiência: direitos, voz e proteção”, ministrada pela orientadora de célula da Coordenadoria Especial de Políticas Públicas para as Pessoas com Deficiência (COEPD) da Sedih, Estrela Rodrigues.

Durante sua apresentação, Estrela pontuou a necessidade do preparo dos profissionais que atendem mulheres com deficiência em contextos de vulnerabilidade social ou vítimas de violência. A temática destacou que os direitos das pessoas com deficiência precisam complementar os direitos das mulheres e vice-versa.

“É fundamental compreender as especificidades desse público para que seja garantido a todos um atendimento humanizado e o acesso à justiça. O que a gente quer debater aqui é que as pessoas com deficiência, sobretudo as mulheres, que sofrem algum tipo de violência, precisam de uma estrutura física e humana para exercerem sua cidadania com independência”, ressalta Estrela.

O momento realizado em parceria com a Escola de Gestão Pública do Ceará (EGPCE) também fomentou o papel das instituições na promoção da inclusão, tendo em vista que as diversas esferas sociais precisam estar adequadas para receber essa população. 

“A ideia é que não só a delegacia da pessoa com deficiência domine essa temática, por exemplo. Esse conhecimento é necessário nos demais departamentos, para que os profissionais consigam atender essa população com dignidade, tendo ciência da interação do direito da pessoa com deficiência com outras identidades, seja de gênero, raça ou classe social”, complementa Lucas Maia, coordenador da COEPD.

O direcionamento das políticas públicas para essa temática contribuem para a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva, especialmente, em contextos de violação de direitos. Para além da capacitação contínua dos profissionais e da implementação de recursos de acessibilidade nos equipamentos de segurança, a sensibilização por meio da escuta ativa é fundamental para garantir que as mulheres com deficiência recebam um atendimento qualificado.