Repatriação de brasileiros chega à 10ª operação com mudanças na logística e foco no acolhimento
23 de junho de 2025 - 17:51 #eua #Migrantes #repatriação
Texto: Gabriela Vieira / Foto: Ministério da Saúde
Desde fevereiro, o Ceará tem recebido voos quinzenais de repatriação de brasileiros dos Estados Unidos, após o endurecimento das políticas migratórias norte-americanas. No último sábado (21), a chegada de mais 116 pessoas marcou a 10ª operação de acolhimento realizada em solo cearense este ano, coordenada pelo Governo Federal e com atuação direta da Secretaria dos Direitos Humanos do Ceará (Sedih).
A partir deste voo, as operações passam a contar com novo fluxo de repatriados em território nacional, que não conta mais com o apoio dos voos da Força Aérea Brasileira (FAB). Neste novo formato, os repatriados recebem apoio para acolhimento e deslocamento para suas residências por meio terrestre a partir da capital cearense.
A Sedih permanece atuando nas operações, oferecendo apoio humanitário com triagem, kits de higiene, água, alimentação, além de atendimento psicossocial e orientação sobre acesso a direitos. A atuação da Sedih é conduzida por meio do Programa Estadual de Atenção ao Migrante, Refugiado e Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, que mantém unidades do Posto Avançado de Atendimento Humanizado ao Migrante (PAAHM) no Aeroporto de Fortaleza e na Rodoviária de Fortaleza.
“O Estado do Ceará está pronto para essa recepção, com um governo que mostra que é humano e que está reunido com os parceiros com esse objetivo de acolher as pessoas que aqui chegam. Esse cuidado representa que nós respeitamos o ser humano como ele é e esse é o nosso trabalho”, afirmou Socorro França, secretária dos Direitos Humanos do Ceará.
A ação envolve diversos ministérios, como os dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), Saúde (MS), Relações Exteriores (MRE), Justiça e Segurança Pública (MJSP), Desenvolvimento e Assistência Social (MDS), além da Polícia Federal, Defensoria Pública da União (DPU), Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) e a OIM, responsável por grande parte da logística na etapa atual.
Em âmbito estadual, além da Sedih a operação contou ainda com o apoio da Secretaria da Proteção Social (SPS), da Secretaria da Saúde (Sesa), da Secretaria Municipal dos Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SDHDS) de Fortaleza, da Ceasa-CE e da Cagece.